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Saúde

Duas colheres de sopa de azeite de alta qualidade todos os dias ajudam a proteger o coração

Mesmo doses diárias modestas de azeite extra-virgem podem proteger da aterosclerose, reduzindo o colesterol ruim.
Por Elena Paravantes
18 de março de 2011 10:36 UTC

O azeite de oliva é conhecido como uma das melhores fontes de ácidos graxos monoinsaturados, um tipo de gordura que melhora os níveis de colesterol no sangue. Pensa-se que as qualidades protectoras do azeite se deviam principalmente à presença deste tipo de gordura. No entanto, uma nova pesquisa mostra que seu conteúdo antioxidante é igualmente importante.

De acordo com o novos dados publicados em Nutrição Clínica, doses diárias de azeite de oliva extra virgem podem proteger da aterosclerose (endurecimento das artérias).

Os resultados vieram do Estudo EurOlive, que envolveu investigadores de universidades de cinco países europeus e teve como objetivo avaliar os efeitos benéficos do azeite na saúde humana.

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Os pesquisadores recrutaram 200 homens saudáveis ​​e os distribuíram aleatoriamente em um dos três grupos para consumir 25 ml de azeite de oliva todos os dias com diferentes níveis de polifenóis.

Os azeites administrados incluíam o azeite refinado, com baixo teor de polifenóis; azeite comum com teor médio de polifenóis e virgem extra, que apresentou teores fenólicos elevados.

Os resultados mostraram que o consumo de azeite de oliva extra virgem aumentou os níveis de anticorpos que reduzem o colesterol LDL oxidado (colesterol ruim considerado um fator de risco de endurecimento das artérias e doenças cardíacas).

Esta não foi a primeira vez que os polifenóis do azeite de oliva mostraram ter um efeito protetor contra os danos oxidativos; estudos anteriores também mostraram um efeito positivo. No entanto, havia dúvidas sobre se doses reais de azeite de oliva podem atingir esse efeito.

Neste estudo, os pesquisadores fizeram com que os participantes consumissem cerca de 2 colheres de sopa de azeite de oliva por dia, uma quantidade razoável para países não mediterrâneos.

Os gregos que mais ingerem azeite de oliva por pessoa no mundo consomem cerca de 70 ml por dia, enquanto espanhóis e italianos consomem cerca de 35 ml por dia. O americano médio consome menos de três mililitros por dia.

A outra questão é o teor de polifenóis. Estudos mostram que o azeite de oliva extra virgem tem mais polifenóis do que outros azeites processados.

As condições de armazenamento também desempenham um papel importante. O azeite armazenado em um local escuro e fresco em um recipiente escuro retém mais de seus antioxidantes. Longos tempos de armazenamento também reduzem o conteúdo antioxidante; quanto mais tempo o azeite permanece em uma garrafa sem uso, mais polifenóis ele perde.



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